sexta-feira, 26 de abril de 2013

Os Pais: primeiros mestres



Os pais são os primeiros mestres dos seus filhos;
é nos braços paternos e no regaço materno
que os filhos, ainda inocentes,
devem aprender a pronunciar
o Santo Nome de Deus,
a levantar ao Céu as suas mãozinhas puras
para orar,
a sorrir com a sua candura infantil
para as imagens do Pai e da Mãe do Céu.
É aos pais que compete guiar
os passos de seus filhos
pelos caminhos rectos da Lei de Deus
e confiá-los, segundo as suas posses e a própria condição,
a mestres competentes
que os não desviem do caminho iniciado.
Todos os lares
devem ser a primeira escola para os filhos,
onde eles aprendem a conhecer a Deus
e a aproximar-se d'Ele
pelos sacramentos
e pela oração.»

Serva de Deus Ir. Lúcia de Jesus, Apelos da Mensagem de Fátima, cap. 1

Senhor que a nós, Pais,
nos destes as nossas crianças,
ajudai-nos a compreender, sempre mais,
que no-las concedestes como um dom,
que elas são nossas,
mas são acima de tudo Vossas
e põem permanentemente os olhos em nós, seus Pais,
como modelos a seguir
e caminho a percorrer para chegar a Vós.
Que sejamos para elas bons modelos, mestres e guias
para as orientarmos para Vós, Senhor,
pois só em Vós se encontra a verdadeira felicidade
e todo o Bem Presente e Futuro.



Fonte: http://casaiscarmelitas.blogspot.com.br/

terça-feira, 23 de abril de 2013

É preciso reproduzir Jesus

A sexualidade tem de ser fonte de vida
 
“Deus criou o ser humano. Ele o criou à semelhança de Deus, criou-os homem e mulher, e os abençoou. E no dia em que os criou, Deus os chamou de ser humano” (Gn 5,1b-2).
Que certeza maravilhosa a Bíblia nos ensina: o ser humano é imagem e semelhança de Deus, isso significa que, além de ser parecido com Deus (imagem), ele é capaz de reproduzi-Lo (semelhança). Daí, conseguimos entender por que o encardido tem tanta raiva de um casal feliz, que se ama.


Cada vez estou mais convencido de que, se o matrimônio não fosse instituído como sacramento por Jesus, a Igreja jamais teria coragem de elevá-lo. Jesus plenificou o amor humano com o dom do sacramento do matrimônio exatamente porque, aí, acontece a mais perfeita reprodução de Deus.
Se o casal é chamado a reproduzir o Senhor, na vivência em si do matrimônio, nos corpos que se unem, nos filhos decorrentes dessa união, é claro que a grande meta do encardido será destruir a fonte da reprodução de Deus. Também por isso percebo as grandes dificuldades da vivência conjugal. Um casal que procura viver santamente seu matrimônio jamais será deixado em paz pelo encardido.

Também por isso a união conjugal íntima tem de ser revestida de uma luz maravilhosa, de uma beleza e uma sacralidade especial. A união íntima do homem e da mulher foi um método que o próprio Deus criou para que o casal pudesse ser cura um para o outro. A sexualidade tem de ser fonte de vida. O Catecismo da Igreja Católica diz que a vivência sexual tem de ser fonte de vida e alegria. No entanto, o encardido conseguiu transformar os órgãos genitais de “Gêneses”, de geração de vida, em órgãos de morte. Então, hoje, a sexualidade é um caminho de morte não só pela AIDS, como por outras doenças sexualmente transmissíveis.

O homem e a mulher são chamados a reproduzir Deus não só na geração da vida, mas tudo o que o ser humano faz a partir do matrimônio, tem de ser reprodução de Deus. O que eu falo, o que faço, o que sou precisa reproduzir Deus.

Marido, a sua fala tem de reproduzir Deus; mulher, a sua fala, o seu corpo, o jeito de vestir têm de reproduzir Deus. O tecladista, quando toca uma nota musical, está reproduzindo Deus. Em uma pregação, nós ouvimos a reprodução de um Deus que nos fala. Marido e mulher, vocês têm de reproduzir o Senhor, em primeiro lugar, para si mesmos, e um para o outro; os dois juntos reproduzem Deus no filho e para o filho. Sabem por que, muitas vezes, a educação não dá certo? Porque vocês tentam educar os filhos sozinhos, e o filho nunca é só do pai nem só da mãe. É do pai, da mãe e da graça de Deus. Sem essa graça do Senhor não reproduzimos Deus, mas sim o encardido. É por isso que vemos tanta reprodução do encardido espalhado pelo mundo afora.
 


 A maior alegria do demônio foi o dia em que ele inventou um espelho, cuja imagem e semelhança era dele. Tudo o que aquele espelho mostrava era deformado: a flor linda, quando projetada no espelho, parecia murcha; a pessoa justa tornava-se injusta perante o espelho; a pessoa bondosa, diante do espelho, tornava-se uma pessoa ruim. A pessoa alegre, projetada naquele espelho, tornava-se triste; e o encardido foi conseguindo chegar no ponto mais alto, porque um dia ele levou Jesus também no ponto mais alto. E, lá, ele começou a refletir o mundo, e só apareciam as coisas ruins; as coisas boas iam ficando ruim, ele começou achar bom e interessante, passou a rir muito, começou a aparecer encardidinhos, porque todos eles querem ver a mesma coisa, começaram a brigar pela posse do espelho até quebrar, aí o encardidão, de raiva, começou a pisar naquele espelho até transformá-lo em milhões de pequenos cacos. Depois disso, começou a soprar e espalhar caquinhos nos olhos de muitas pessoas.

Cada caquinho, quando caía nos olhos ou na boca de uma pessoa, em seguida ia para o coração. Daí em diante, as pessoas passavam a ver só os defeitos e as coisas ruins umas das outras. Por isso, há muitos casamentos que precisam de uma boa faxina nos olhos e no coração, porque marido e mulher só veem coisas ruins um no outro.

Jesus disse que o olho é a lâmpada do corpo. Se seu olho é são, tudo mais será são. A única água que lava essa sujeira é o Espírito Santo.
 


    Padre Léo, scj


(Extraído do livro "Famílias restauradas")

Fonte: www.cancaonova.com

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ideologia de Gênero: saiba mais e conheça riscos para a sociedade

 
 
Ideologia de gênero busca deixar à liberdade de cada um o tipo de ''gênero'' a que quer pertencer, todos igualmente válidos
"Gênero" e "sexo" são sinônimos ou dizem respeito a realidades diferentes? Não é muito difícil encontrar os dois termos sendo usados de modo correlato, embora possuam sentidos completamente distintos. E é exatamente aí que se encontram os perigos da assim chamada Ideologia de Gênero (IG), em que a sexualidade humana é vista como "papel socialmente construído", pois o ser humano nasceria sexualmente "neutro".

"A Ideologia de Gênero começou com a revolução sexual, onde houve clara separação entre o corpo e o sexo ligado à procriação. Na desvinculação dessas questões, a pessoa vê o corpo não mais como algo que lhe é dado em seus caracteres biológicos e pessoais, mas como uma construção, adquirida a partir da sociedade e da cultura em que se vive", esclarece o doutorando em Teologia da Família pelo Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família, padre Raimundo Mário Santana.


O que é Ideologia de Gênero?

"Os proponentes desta ideologia querem afirmar que as diferenças entre o homem e a mulher, fora as óbvias diferenças anatômicas, não correspondem a uma natureza fixa que torne alguns seres humanos homens e, a outros, mulheres. Pensam, além disso, que as diferenças de pensar, agir e valorizar a si mesmos são produto da cultura de um país e de uma época determinadas, que atribui a cada grupo de pessoas uma série de características que se explicam pelas conveniências das estruturas sociais de certa sociedade. Querem se rebelar contra isto e deixar à liberdade de cada um o tipo de 'gênero' a que quer pertencer, todos igualmente válidos. Isto faz com que homens e mulheres heterossexuais, homossexuais, lésbicas e bissexuais sejam apenas modos de comportamento sexual produto da escolha de cada pessoa, liberdade que todos os demais devem respeitar", explica o documento A ideologia de gênero: seus perigos e alcances, publicado em 1998 pela Conferência Episcopal Peruana, um dos mais completos textos sobre o assunto.

  Essa tendência de diferenciação entre "sexo biológico" e "sexo social", enquanto construção das condutas e normas da sociedade, é bastante complexa e pouco estudada devido aos próprios empecilhos criados pelos adeptos da IG. "Não se permitem estudos mais aprofundados na área, pelo temor de que se leve a algum tipo de preconceito ou algo nessa linha. Acredito que é preciso ter em conta os aspectos corporais, fisiológicos. A estrutura social também tem suas influências, mas cada um de nós nasce com características que são próprias, seja de homem ou de mulher, que são inatas e não existe como modificar isso devido a uma questão social", salienta a doutora em Microbiologia e Imunologia com atuação na área de Bioética e professora da Universidade de Brasília (UnB), Lenise Garcia.

No aspecto religioso, o pensamento da IG acaba por defender a ideia de que Deus criou o homem, a mulher e mais todo o tipo de "gêneros" possíveis, ao bel-prazer de cada um. "São divisões que agridem a moral católica. Alguns vanguardistas da ideologia de gênero dizem que a Igreja está rejeitando algumas pessoas. Contudo, na verdade, não se pode afirmar tendenciosamente que Deus faz as coisas segundo o nosso querer. Aquilo que é o elã, a inspiração – Deus nos fez homem e mulher para partilharmos Sua obra criadora – transforma-se em elemento divisor", explica o doutor em Teologia Moral, coordenador nacional do grupo de reflexão sobre problemas morais da CNBB e padre da Arquidiocese de Londrina, Rafael Solano Durán.


 Subjetivismo e relativismo

Os adeptos da IG não apenas alimentam sua visão em discussões acadêmicas, mas organizam movimentos que tentam impor esse entendimento como o que deve ser aceito pelas legislações e direito civil (nos casos, por exemplo, do "casamento" homossexual ou da permissão de adoção por esses, para citar alguns). Aí surgem riscos para a estrutura da sociedade ocidental, baseada nos princípios cristãos e grandes valores humanos, como a família fundada no matrimônio entre o homem e a mulher.

Um dos maiores perigos da IG é o imenso espaço que se abre para o subjetivismo moral e sexual. Se ninguém nasce, mas se "faz" homem e mulher ao longo da vida, alguém poderia passar de um lado sexual para o outro a qualquer momento. "Seria uma esfera total do relativismo, da mudança de caráter, bem como daquele caráter absoluto de Deus Criador. Se eliminássemos a possibilidade de que Deus nos faz homem e mulher, diríamos que Deus é completamente ambivalente, que cria e recria de modo diferente", complementa padre Rafael.

Ele recorda que hoje já se vive um grande relativismo em questões sexuais, mas a situação moral e ética poderia se tornar ainda pior. "Cada um decide qual deve ser seu comportamento, sem nenhum tipo de referência objetiva. Isso leva não somente a uma crise de identidade, mas também a uma experiência verdadeiramente escravizante. Chega-se a um ponto tal em que cada um torna-se dono de suas próprias decisões, de suas próprias opções, mesmo se estiverem completamente erradas. A Ideologia de Gênero abre essa brecha para dizer que tudo é completamente permitido e completamente moral. Perderíamos o valor essencial e maravilhoso da nossa identidade: Deus nos criou seres únicos", justifica.


Reprodução e unidade

A questão da reprodução é outro item muito preocupante. "Diga-se o que se diga, só pode acontecer reprodução entre homem e mulher, e isso é algo fundamental para a continuidade da humanidade", sublinha a doutora Lenise Garcia. Ela também indica a influência dessa ideologia na educação das crianças. "Em uma sociedade em que não seja bem esclarecida a questão da sexualidade, uma criança pode interpretar que a amizade com outra do mesmo sexo tem alguma coisa a mais – ela poderia interpretar desse modo se na educação não for colocada de forma adequada essa questão", diz.

Já padre Raimundo aponta outro dano: "perde-se a unidade substancial do homem, pensado como um todo. Ele deixa de ser uma unidade entre corpo e alma e o sexo passa a ser visto como algo meramente físico, que se pode usar, manipular, ligado quase que somente à genitalidade. Esse movimento é perigoso justamente porque usa de técnicas que apresentam às pessoas a sexualidade apenas em vista de um prazer que se possa ter em benefício próprio, sem se dar conta de que a sexualidade caracteriza e forma a pessoa inteira", afirma.

Quando o homem perde sua identidade como macho e fêmea, como homem e mulher, quebra-se o vínculo que esse caráter tem para todos os âmbitos da vida. "Quebrando essa unidade, quebra-se também todos os outros valores que da sexualidade dependem: o matrimônio, a família, os vínculos sociais, pois se banalizam elementos essenciais para a constituição da pessoa e da sociedade. Colocando em dúvida a diferença sexual, coloca-se em risco todos os outros valores da vida humana que estão intimamente ligados a essa diferença", ressalta o sacerdote.



  Diferenças

A doutora Lenise Garcia indica que deve ser feita uma distinção muito clara entre o respeito que cada pessoa humana merece – independente de toda e qualquer escolha que faça, devido à dignidade humana a qual todos têm direito – e a realidade de não se poder colocar em posição crítica em relação a determinados comportamentos. "Muitas vezes, não se faz essa distinção, como se a crítica ao comportamento fosse uma crítica à pessoa. É preciso se entender bem isso para não se fazer confusão nessa área".

O formador de casais da Comunidade Canção Nova, teólogo e diácono permanente, Paulo Roberto Oliveira Lourenço, lembra que as questões ligadas à sexualidade humana nunca podem estar desvinculadas das emoções e afetos humanos, que são próprios do sexo masculino e feminino.

"A mulher tem a sua afetividade aflorada por emoções e o seu comportamento sexual sempre estará ligado à busca de um vínculo amoroso, o que não acontece com o homem, que tem características humanas mais voltadas ao prazer e as suas emoções são reservadas. Qualquer mudança que se queira fazer, com o argumento de que a sociedade pode construir um 'gênero' diferente, estará fadada ao fracasso da própria pessoa humana, pois os seus afetos não mudam. Podem se distorcer, o que acontece muito, gerando pessoas infelizes, emocionalmente desequilibradas, feridas na sua afetividade", sublinha.

Fonte: www. cancaonova.com

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Os filhos nos educam

Aprenda com os filhos
 
Os pais são educados mediante a educação dos filhos. A razão é muito simples: ninguém pode ensinar o bem sem vivê-lo; não dá para falar em honestidade para o filho, sem praticar esta virtude; e assim por diante.

Não só na exigência da prática das virtudes para poder bem educar, mas também em muitas outras coisas somos educados enquanto educamos, e assim, a família se torna, também para os pais, um educandário.

Ao educar os filhos você vai notar que nem sempre tudo sai bem, como a gente quer, então somos obrigados a exercitar a paciência, a tolerância, a bondade, etc. Muitas vezes aprenderemos que é preciso esperar e ter fé. Aprendemos que o trabalho em equipe é melhor, que a perseverança foi fundamental para resolver aquele problema.

Certa vez um dos nossos filhos, com apenas oito anos de idade nos deu uma grande lição, sem dizer nada. Era nosso costume rezar o Terço com eles desde pequenos; e um dia, antes da oração, eu lhes contei que algumas pessoas rezavam o Terço em cruz, isto é, com os braços abertos e na horizontal, como penitência. Contei isto sem pretensão alguma de que eles o fizessem. Mas qual não foi a nossa surpresa quando o menino nos disse: “pois eu hoje vou rezar o Terço em cruz!”. E ficou com os braços abertos por mais de vinte minutos até que tudo terminasse.

Por mais que eu insistisse com ele que já estava bom, que podia baixar os braços, não o consegui convencer. Fiquei abismado! Aprendi a respeitar mais a criança.

Outra vez tive que passar uma noite em claro no hospital com um deles com uma crise aguda de bronquite. Quanta coisa se aprende quando se passa uma noite em claro em um hospital...

Quantas lições de caridade, bondade, meiguice, pureza, naturalidade, espontaneidade, as crianças nos dão. Não é à toa que Jesus disse que para entrar no Reino dos céus temos que nos “tornar crianças”.

Elas nos dão grandes lições: não se preocupam com o dia de amanhã, vivem intensamente o presente, confiam em alguém com todo o coração, não se dão ao luxo e aos caprichos dos adultos. Não fazem discriminação de pessoas e se adaptam com facilidade a qualquer lugar.

Aprenda com os filhos.

(Trecho extraído do livro “Educar pela conquista e pela fé”)

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

Fonte: www.cancaonova.com

sexta-feira, 5 de abril de 2013

RELACIONAMENTO

Pessoas e flores

 
Se a planta precisa de cultivo para florescer, a pessoa ainda mais
 
Estive pensando na relação que existe entre pessoas e flores. Sei que podemos passar a vida inteira sem pensar sobre isso e vivermos bem, mas acredito que podemos observar certas coisas e vivermos ainda melhor.

Sempre gostei de flores. Desde criança interesso-me por elas. Já aprendi que cada planta tem seus mistérios e exige cuidados específicos, adaptam-se ou não a determinadas situações do clima e do solo. Por isso, o tratamento de um jardim, por exemplo, nunca pode acontecer “em série”, e o melhor resultado na variedade de cores, aromas e beleza será daquele ao qual mais se dedicou o cultivo. Com pessoas seria diferente?

Esses dias, vivi uma situação que tem me feito pensar ainda mais na relação que encontro entre pessoas e flores:

Chegando a um supermercado, fui atraída pela diversidade de violetas, as quais, naquele dia, estavam em promoção, expostas já na entrada do estabelecimento. Ao aproximar-me das plantas, uma delas chamou-me a atenção pela cor e pela diferença entre as outras. Driblei alguns obstáculos e elegi, em segundos, aquela violeta como minha preferida entre dezenas.


 
 Acontece que, continuando a trajetória - ainda dentro do supermercado -, fui percebendo que a violeta que eu havia escolhido não era perfeita. Aliás, tinha graves defeitos: flores murchas, folhas quebradas e, na verdade, sua cor já não me parecia tão atraente, ou seja, perdi o encanto da primeira vista. Então, decidi que a trocaria por outra, afinal, opções era o que não faltava.

Voltei à área de jardinagem e, de longe, fui procurando identificar outra violeta que eu elegeria para substituir a que eu havia escolhido minutos antes. Porém, algo interessante aconteceu naquela hora.
Ao abaixar-me para escolher outra flor, ouvi como se fosse o próprio Deus falando ao meu coração: “Como você se deixa levar pelas aparências! Primeiro, escolheu a violeta e lutou por ela, mas bastou perceber algumas imperfeições para decidir trocá-la por outra! Certamente, você espera receber da planta sua beleza e vivacidade. Mas e você? Não tem nada a lhe oferecer?”

Já pensou se, em vez de trocar a planta por outra, resolver levá-la para casa e dedicar-se ao seu cultivo? Se contemplar sua superação e acompanhar, de perto, seu desenvolvimento, não a fará mais valiosa?

Lembrei-me da frase tão conhecida de Saint-Exupéry: “O tempo que eu gastei com minha rosa é o que fez minha rosa ser mais importante”. Sem dar ouvidos à razão, fiz o que meu coração mandava: trouxe a violeta comigo e tenho cuidado dela. Aliás, enquanto escrevo, desfruto de sua agradável companhia.



 Mas a história não para por aqui. Na verdade, é agora que ela começa, pois, com este fato, Deus tem me falado que, o que aconteceu com a violeta também acontece com as pessoas.

Muitas vezes, escolhemos alguém para fazer parte da nossa vida levados pela aparência. Envolvidos pela emoção do encontro, fazemos logo uma ideia a respeito da pessoa e a idealizamos “perfeita”. Por mais que nos digam, não conseguimos enxergar seus limites. Só que isso, geralmente, é passageiro, e quando o encantamento se vai, fica a realidade. Aí começamos a lidar com as limitações da pessoa e, se não tivermos tido tempo para passarmos do encantamento ao amor, nossa primeira atitude será de recusa.

Falta-nos maestria, coragem e disposição para ajudar o outro na arte de ser melhor. É aí que tomamos a decisão que tomei com relação à violeta: “Esta tem defeitos, vou trocar por outra”.

Infelizmente, é com frequência que vemos isso acontecer. Pessoas são escolhidas e descartadas em seus relacionamentos como se fossem flores em promoção no supermercado. Daí, eu me pergunto: “Será que essa é a vontade de Deus para a vida de seus filhos? Ou será que Ele está nos pedindo para cuidarmos da 'violeta' que Ele nos deu sem pensar em trocas?”.

Defeitos todos nós temos; as violetas também. Percebi, depois que olhei com mais calma, que, naquele arsenal de flores, não havia nem um vasinho sequer que fosse perfeito. Se eu não me decidisse a trazer aquela violeta com seus limites para minha casa, correria o risco de passar a vida inteira sem flores.

Com gente também é assim. Se ficarmos esperando pessoas “prontas e perfeitas” para amarmos, corremos o risco de passarmos a vida inteira sozinhos ou “trocando de vasos”, sem ter a alegria de ver nascer novos brotos na planta que decidimos gastar tempo com o cultivo.

Quem gosta de jardinagem sabe o prazer que se sente ao ver os brotos romperem o silêncio da terra e vir ao mundo trazendo cores e vida ao ambiente. Agora, imagine quando o assunto está relacionado às pessoas!

É muito gratificante ver alguém ser transformado, dia após dia, só porque você resolveu olhar diferente para ele. Se a planta precisa de cultivo para florescer, a pessoa ainda mais. Não queira trocar “sua violeta” por outra, mesmo que as ofertas sejam tentadoras. Cuide da que você tem em mãos. Ela pode não ser perfeita, mas se você gastar tempo com o cultivo, ela vai florir e alegrar sua vida. A minha já está bem mais bonita do que quando a encontrei!

A violeta, que hoje está em suas mãos, pode ser seu esposo, esposa, filho, colega de trabalho, amigo, pai ou mãe... Enfim, a decisão deve ser a mesma: empenhar-se no cultivo para superar as fraquezas. Se tiver a coragem de viver esta aventura, verá que vale muito mais a pena contemplar os brotos que virão depois dos seus cuidados, do que trazer flores artesanais para casa.

Cada sinal de vida que surgir será motivo de celebração e vitória. Faça a experiência e me conte, depois, como foi o resultado. Deus o ajudará no cultivo. Ele é “Mestre” em transformar desertos em jardins. Estou torcendo por você!

Foto

Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova, atualmente reside a missão de São Paulo. Apresentadora da Rádio CN América SP.
dijanira@geracaophn.com

Fonte: www.cancaonova.com
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tenha sempre tempo para os seus filhos

Os pais precisam participar da vida dos filhos
 
Os pais perdem os seus filhos de muitas maneiras, uma delas é não tendo tempo para eles. Trabalham, trabalham, trabalham... No tempo escasso que lhes sobram, não podem estar com os filhos, porque precisam descansar e fazer "outras coisas".

Ora, educar os filhos é uma tarefa que exige "estar com eles". É preciso de tempo; e tempo, convenhamos, é uma questão de prioridade e escolha. Se você não acha tempo para o seu filho, entenda, é porque ele não é importante para você.

É acompanhando os pequenos, no dia a dia, que temos a oportunidade de corrigi-los. Os pais precisam participar da vida de seus herdeiros, para que eles se sintam valorizados e amados. Precisam saber o que eles estão estudando, como estão indo na escola, que problemas enfrentam. A principal carência dos nossos jovens, hoje, é a falta de amor dos pais, que se manifesta na sua ausência e omissão.

Os filhos crescem rápido; não mais do que 18 anos e eles já estão se separando de nós para viver a própria vida. O que não foi feito na hora certa, não poderá ser feito depois.

Viva com o seu filho, viva no meio dele, conheça seus amigos, procure saber aonde ele vai, com quem está. Convide-o a trazer seus amigos para a sua casa. Participe amigavelmente de sua vida.


(Trecho extraído do livro "Educar pela conquista e pela fé" de professor Felipe Aquino)


Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

Fonte: www.cancaonova.com

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O cônjuge como um caminho para Deus


O cônjuge como um caminho para Deus

Nossa salvação está unida ao outro e vem por meio do outro

O encontro de duas pessoas em Deus – por intermédio da oração ou da vivência religiosa compartilhada – é uma das formas mais ricas e profundas de encontrar-se, já que estamos diante de Deus, com melhor que cada um possui. Diante do Senhor nos desprendemos de tudo o que normalmente dificulta o encontro e vamos assumindo com mais objetividade a atitude compreensiva, benigna e compassiva do amor de Deus.




A união de duas pessoas pelo sacramento do matrimônio abre a eles uma nova possibilidade de amor sobrenatural: o cônjuge como um caminho para Deus, como lugar de encontro com Deus. No momento solene das bodas, Cristo diz a cada um: Eu, desde agora, vou te amar especialmente através do cônjuge, vou convertê-lo em santuário do meu encontro contigo. E com isso me deixa o grande desafio de buscar ao Senhor no coração do outro onde desde agora está me esperando, de descobrir o rosto de Cristo no rosto do meu cônjuge, de acolher seu amor como transparente e reflexo do amor divino. Em contrapartida, eu devo ser Cristo para o outro, dar a ele o amor, a luz e a força que necessita para crescer e chegar até Deus. E assim cada um se aceita e se doa ao outro como lugar privilegiado de encontro com o Senhor.


Por isso, em todo matrimônio cristão está sempre Deus como terceiro, quem faz de ponte e laço de união entre os cônjuges. E precisamente quando Deus não ocupa esse lugar dentro do matrimônio, então há sempre lugar para outro terceiro, que destrói a aliança matrimonial.

O matrimônio é uma comunidade de salvação unida por um vínculo sobrenatural. O amor de Cristo e Maria selam nosso amor. Estamos unidos como a videira e os brotos. Nossa salvação está unida ao outro e vem por meio do outro. Minha santidade repercute no outro, meu pecado também.
Tão profunda é essa aliança [matrimonial] e esse conhecimento mútuo que os esposos deveriam chegar a ser diretores espirituais um do outro. Tanto se conhecem que podem ajudar ao outro em seu caminho de santidade. Essa aliança de amor se dá entre os esposos e dos esposos com Deus. Por isso é comunidade de salvação, de amor, vida e tarefas com Cristo e Maria.

Compartilhamos sua missão e junto com eles caminhamos para Deus Pai. Em caso que os contraentes humanos entrem em crise o terceiro os ampara. Cristo carrega com eles o matrimônio.

Depois de nossa consagração a Virgem ela também começa a ser uma aliada e nos ajuda no caminho. Ela também nos ampara.
O que dissemos sobre o matrimônio vale para todos os membros da família: pais, filhos, irmãos... Cada um é Cristo para os demais, reflexo do Senhor. Cada um é e há de ser, para o outro, um caminho para o Senhor, caminho privilegiado de amor a Ele.
Nisso encontramos o sentido da aliança matrimonial e o sentido da aliança familiar: Todos juntos, unidos e aliados com a Virgem Maria, caminhamos para Deus. Todos juntos, nos amando mutuamente como ao Senhor, nos consagramos a Maria e, mediante ela, nos entregamos para sempre a Deus.




Queridos irmãos, se nos deixamos educar e guiar pela Virgem Maria, então a aliança com ela é como uma grande escola de amor. Nela aprendemos a amar para percorrer os caminhos do amor divino e chegar ao coração do Pai. E é assim que se tornará realidade em nossa vida a aliança com Deus.



 

Padre Nicolás Schwizer

 
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
 
AMOR E VIDA!
 
Estamos começando este blog, atendendo ao apelo do Senhor que nos interpela a irmos ao encontro das famílias católicas que hoje passam por tantos desafios e que também desejam partilhar suas alegrias entre irmãos.
Queremos por este meio criarmos um diálogo saudável e respeitoso entre irmãos. Buscarmos e criarmos momentos de reflexão, discussão de assuntos e oração. Acreditamos que ainda falta bastante trabalho com nossas famílias, como o Senhor nos diz: "A messe é grande e poucos são os operários". Por isso gostaríamos de ter colaboradores: tanto outros casais como profissionais de diversas áreas, pois nosso desejo é abordar todos os temas. Queremos ir ao encontro da necessidade de todos, e ao nos unirmos para buscar ajudar o outro, nos tornarmos uma grande família.
 
"Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti." (Jo 17, 21)