Testemunhos

TESTEMUNHO DE ADOÇÃO

 
TALVEZ NOSSA HISTÓRIA POSSA SER UM ESTÍMULO
 
 
 
 
Meu nome é Evald Rodrigues e moro no RS.

Gostaria de deixar aqui o meu depoimento para quem sabe ajudar as pessoas que pensam em adoção mas não tem coragem. Talvez nossa história possa ser um estímulo...

Sou pai de 2 filhos biológicos, a Elisa (10) e o Bernardo (9). Em 2009 eu e minha esposa perdemos nossa pequena filha, Talita, que hoje está no Céu.Talita era portadora de Síndrome de Down, seu nascimento já foi um milagre, pois era portadora de hidropsia fetal e só não faleceu no 4º mês de gestação por o que acreditamos tenha sido uma intervenção divina.

Somos muito católicos apenas para esclarecer, mas confesso que não tenho como separar a nossa experiência de adoção da minha fé porque uma coisa levou a outra. Também não questiono aqui essa opção porque nasci luterano e fui espírita muitos anos, então cada um com a sua fé, a qual respeito plenamente.

Voltando aos fatos, Talita nasceu e no 4º mês teve pneumonia. Um defeito cardíaco não diagnosticado junto com a doença respiratória levaram ela a óbito após 45 dias de UTI pediátrica aos 5 meses de vida. Foi terrível mas sentimos a mão de Deus nos sustentando nesse tempo doloroso.

Minha esposa e eu adoramos crianças e sempre gostamos da idéia de ter a "casa cheia" de filhos e Talita veio para nós em um momento difícil, nos reergueu, eu de uma depressão violenta, ela da Síndrome do Pânico.

Durante esse período difícil que antecedeu a gravidez de Talita minha esposa rezava e abria uma passagem da bíblia que ela tomava como promessa, dizendo que "a mulher estéril, Deus a faz, em sua casa, mãe feliz de muitos filhos". Pela fé ela assumiu essa promessa.

Para piorar o quadro dos fatos, com o falecimento de Talita ela não pode mais engravidar, seria de altissimo risco, o útero muito fino, etc. Tive então que fazer vasectomia para não colocar a sua vida em risco. Resumindo, os dois ficamos impossibilitados e hoje não podemos mais ter filhos biológicos. Em suma, se cumpriu a esterilidade da passagem profética da biblia, e agora, estéreis, como seremos "mãe e pai feliz de muitos filhos"? Mas não perdemos a confiança.

Poucos meses depois minha esposa falou em adotar. Eu não estava pronto, discutimos, achei que era muito cedo, ainda me sentia de certa forma em luto, mas quando cheguei em casa liguei a TV e estava dando um programa religioso que falava da passagem em que Jesus fala de acolher os pequeninos, as criancinhas porque delas é o Reino dos Céus. Na semana seguinte era 25 de maio, dia nacional da adoção, nesse sermão o pregador falava o tempo todo da beleza que é a adoção!

Neste mesmo dia, na missa, o Padre, um velhinho humilde, falava na caridade de acolher os órfãos. Entendi que aquilo era um convite de Deus para mim me abrir a isso e fiquei com vergonha de Deus pela minha atitude medrosa, pois, de fato, eu tinha medo de adotar. Resolvi dar um passo na fé e adotar e em seguida entramos com o processo de habilitação.

Cerca de um ano após, já habilitados, conhecemos uma moça que estava grávida e não queria o filho. Acompanhamos a gravidez e em 14 de setembro de 2011 nasceu o Francisco, no dia da Festa da Exaltação da Santa Cruz, data em que os cristãos comemoram a cruz como instrumento redentor de salvação da humanidade. Em certo sentido depois de perdermos Talita, o Francisco vinha para nós como uma resposta de Deus por termos aceito com fé a sua partida. Era a recompensa pela nossa fé por não termos perdido a confiança em Deus mesmo diante da morte de nossa filha. A profecia começava a se cumprir.

Acompanhamos o parto e do hospital já saímos com o Francisco cuja adoção já foi concluída judicialmente com base na afetividade meses depois. Minha esposa chegou a amamentá-lo por 3 dias porque começou a produzir leite. A mãe biológica não queria nem vê-lo...que triste realidade!

Francisco é um doce, uma criança saudável, alegre, serena, risonho, querido, encheu a casa e os manos de alegria. Todos aqui ajudam a dar banho, trocar fralda, alimentar, meus filhos assumiram a adoção parelho conosco.

Como ainda permanecemos na fila de adoção em 2012 passamos a acompanhar outra mulher em identidade de condições, que não queria nem ver a criança. Conseguimos dois casais diferentes para tentar assumir o bebê, mas em contato com as precárias condições da mãe, infelizmente prostituta, doente, todos desistiam.

Sentimos que talvez a missão de adoção fosse para nós mesmos, e assim, ela se comprometeu amigavelmente a nos entregar o filho para adoção tão logo nascesse. Ajudaríamos apenas com os exames médicos e algum auxílio pessoal por questão de humanidade e depois concluiriamos a adoção.

Dois meses depois, para nossa surpresa, a mãe biológica foi diagnosticada como portadora de HIV, imagine como ficou o nosso coração, a angústia e a tribulação interior.

Fizemos de tudo para que ela se tratasse e conseguimos inclusive internação hospitalar especializada gratuita pelo SUS, fato raríssimo, mas ela se negou a se tratar.

Por telefone discutimos com ela, insistimos que aceitasse o tratamento, mas ela terminou desistindo de nos entregar o bebê que nasceria para adoção porque não queria se tratar e assumiu o risco de contaminar o seu bebê... Isso no final de novembro de 2012. Perdemos totalmente o contato e sofremos essa espécie indireta de "aborto".

Passaram-se algumas semanas, cerca de dois meses, e fomos chamados pelo Fórum porque estavamos próximos do primeiro lugar da fila, porém haviam 3 pessoas na nossa frente. Nos disseram que havia um bebê nascido em dezembro que estava para adoção, deixado pela mãe em uma Casa Lar, e que se nenhum dos outros da fila quisessem poderiamos adotá-lo, porém, era uma bebê com vários problemas de saúde, diabetes, desnutrição, nascera com 1,7 kg sem incubadora e no outro dia foi para casa, e e possivelmente seria portador de HIV.

As pessoas a frente da fila não quiseram adotar o bebê, chamado Enzo, e então fomos nos informar melhor e para nossa surpresa, "Enzo" era o nosso Miguel, era o nome que a mãe biológica havia lhe dado. Uma semana depois que ele nasceu ela entregou ele no lar e renunciou ao poder familiar, o caso estava com a justiça.

Assumimos os riscos por amor, sem pensar muito nas consequências, afinal não abandonaríamos aquele bebê (se Deus não nos abandonou...) que estava lutando como um guerreiro por sua vida, e contrariamente a todas as expectativas, Miguel veio para nós no dia 25 de fevereiro de 2013, em pouquíssimo tempo, e a adoção já está praticamente se concluindo.

Estamos absolutamente surpresos, e sem dúvida atribuímos essa situação totalmente a Deus, mas o fato é que os exames e o atendimento médico pelo pediatra mostram que Miguel, apesar de todo o quadro, é 100% saudável, e tem uma probabilidade mínima de ser, de fato, portador do HIV (10%) o que depende de exames ainda não realizados.

Em todo caso, a sua condição saudável, o fato de estar ganhando peso e a transformação do seu semblante a partir do dia em que o adotamos (era uma criança cadavérica e assustada, hoje um menino lindo e sempre sorrindo), nos dão a certeza interior de que tudo acontecerá da melhor forma, porque confiamos em Deus. Cremos que ele sairá, conosco vitorioso, afinal a promessa é de uma "mãe FELIZ de muitos filhos", e assim, entregamos o futuro nas mãos da providência divina.

Em um tempo em que as pessoas rejeitam a idéia de ter filhos porque "filho é trabalho" eu costumo dizer que sim, de fato é, mas é um trabalho gostoso, impagável, não tem preço.

Sem filhos a vida é vazia, nossa casa hoje tem 4 crianças e muita vida e estamos dispostos a assumir todos os ônus financeiros, mesmo em meio a muitas dificuldades.

Os problemas certamente virão, sofrimento sempre existirá não importa a opção pessoal (ter filhos ou não) e penso que se alguma circunstância nos impede biologicamente de ter filhos, nem tudo está perdido, a adoção é uma solução bela e cheia de significado positivo. Todos fomos adotados por um Deus que nos ama imensamente.

"E a mulher, que era estéril, Deus a faz, em sua casa, mãe feliz de muitos filhos!" (Salmo 113).

Que Deus os abençoe! Viva a adoção!
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



São Paulo, Julho 2012 (ACI/EWTN Noticias)- "Simone Calixto uma mãe brasileira que se recusou a submeter-se a um aborto, como sugeriram os médicos em Ontario (Canadá) após o diagnóstico de câncer de mama que recebeu quase ao mesmo tempo que soube que estava grávida. Depois de optar pela vida de sua pequena viajou ao Brasil onde completou seu tratamento e teve seu bebê.

Os médicos canadenses indicaram a Simone, uma médica de 39 anos, que abortasse, pois sua gestação incrementava o tamanho do tumor em seu peito devido aos hormônios.
“Eles me disseram que a gravidez estava alimentando o tumor com hormônios, que dificilmente o bebê sobreviveria e que o mais seguro era interromper a gestação para poder fazer o tratamento correto”, disse Simone em entrevista ao Jornla O Estado de São Paulo.

Tal como recorda Simone, os médicos do melhor hospital de Ontario, a cidade em que residia, disseram-lhe que sem este passo (o aborto) não poderiam oferecer-lhe o tratamento.
"Se naquele centro de referência eles tinham essa conduta, percebi que em nenhum outro hospital seria diferente", lamentou a mãe brasileira na sua entrevista ao “Estadão”.

Pressionada pela urgência de uma decisão para o procedimento, Simone afirmou que sentiu que ia morrer: “Senti que ia morrer, minha alma agonizava", disse ao jornal paulistano.

Diante da situação, Simone Calixto decidiu usar o sonar, um aparelho que permite escutar os batimentos do coração do bebê no útero.
"Coloquei o sonar na barriga e em dez segundos comecei a ouvir o coraçãozinho. Senti que ele estava bem vivo", afirmou.

Além disso, Simone recordou ter visto um programa de televisão brasileiro, no qual apresentaram um caso similar ao seu no qual o bebê nasceu são. Logo contatou o doutor Waldemir Rezende o especialista citado na notícia e viajou ao Brasil.

Em seu país natal, Calixto chegou às 36 semanas de gravidez e deu à luz através de uma cesárea. O súbito crescimento do tumor em seu peito, apesar da quimioterapia realizada, a obrigou a adiantar o parto.

A pequena Melissa nasceu sã, com apenas uma leve dificuldade respiratória. Posteriormente extirparam o tumor no seio de Simone.
Simone agora deve enfrentar uma bateria de exames que não puderam ser feitos durante a gravidez, como tomografias e mais sessões de químio.
"O mais difícil já passou. A Melissa é um milagre, uma promessa que se cumpriu", afirmou Simone em sua entrevista."

Fonte: http://casaiscarmelitas.blogspot.com.br/








UMA FAMÍLIA SEGUNDO O PROJETO DE DEUS


Eu, Aline Maria Peron Ferraz, e meu esposo, Marcos Roberto de Souza Ferraz, celebramos o Sacramento do Matrimônio no dia 05 de abril de 2003, com um desejo imenso de constituir uma família segundo o projeto de Deus. Somos consagrados na Comunidade Católica Pantokrator, membros desta Comunidade, e moramos em Pedreira, na Missão que está na Diocese de Amparo.


Queremos com imensa alegria partilhar a nossa história de vida matrimonial.
No ano de 2007, descobrimos, fazendo alguns exames, que temos dificuldade de gerar um filho. Foi um momento de prova, para o nosso crescimento humano e espiritual, e que concretamente se estendeu por alguns anos, em que mantemos nosso amor e nossa fidelidade a Deus, com a ajuda da Sua Graça, através da oração e partilha com os nossos formadores e com os nossos irmãos de Comunidade, e com a nossa família biológica.
Nós lemos a “Instrução sobre o Respeito á Vida Humana Nascente e a Dignidade da Procriação”, um Documento da Igreja (da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé) que orienta os casais em casos de infertilidade no matrimônio cristão. No parágrafo 08, diz o documento que o casal que não pode gerar um filho não é um casal inferior aos outros. Os casais estéreis não devem esquecer que, mesmo quando a procriação não é possível, nem por isso a vida conjugal perde o seu valor. Com efeito, a esterilidade física pode ser ocasião, para os esposos, de prestar outros importantes serviços à vida humana, tais como a adoção, as várias formas de obras educativas, o auxílio a outras famílias, às crianças pobres e excepcionais. Ele continua, dizendo que os casais que se encontram nessa dolorosa situação são chamados a descobrir nela a oportunidade para uma particular participação na Cruz do Senhor, fonte de fecundidade espiritual.
A Igreja também orienta que a vontade de Deus é que uma nova vida aconteça por meios naturais, ou seja, a união do casal para a procriação. Isso elimina qualquer possibilidade de uso de meios artificiais para a concepção, já que estes ferem profundamente a finalidade unitiva do Matrimônio.
Marcos e Eu, em meio à nossa dificuldade, optamos por ser fiéis à vontade de Deus, e isso nos trouxe grande paz.
Nessa época, havia uma música que nos tocava bastante no meio católico: “vontade de Deus, és meu paraíso; vontade de Deus, és meu paraíso… Todo dia é um novo dia pra Te amar; mais que ontem, no sim de hoje, o novo se fará”. E assim fomos seguindo, no sim de cada dia, buscando a Deus e esperando o filho que só Ele poderia nos dar.

No ano de 2009, recebemos uma visita do André, fundador de nossa Comunidade em nossa casa, por ocasião da sua visita pastoral à Missão de Pedreira. Nosso fundador partilhou conosco que tinha uma preocupação com todos os casais da Comunidade que não podiam ter filhos, em função de ficarem acomodados, sem a exigência da doação que é própria da paternidade e maternidade. E ele disse para nós conversarmos com os nossos formadores pessoais para discernir qual seria a nossa fecundidade…
Poderia ser uma fecundidade espiritual através de uma missão, pelo fato de ter mais disponibilidade. E também havia a possibilidade de adotar uma criança. Então começamos a rezar para esse discernimento…
Marcos e eu decidimos, então, adotar. Entramos para o cadastro de pretendentes de adoção em nossa cidade no início de 2010. E aí começou a nossa gestação, que acontecia em nosso coração, com a ansiedade normal para quem esperava, havia sete anos, que o desejo de ser pais se realizasse.
Então, como dizia a música: “vontade de Deus, és meu paraíso. Todo dia é um novo dia pra Te amar… Mais que ontem, no sim de hoje, o novo se fará…” Nós fomos amando a vontade de Deus a cada novo dia de espera pelo nosso filho. Ah, me esqueci de contar antes que tínhamos escolhido uma menina.
Eis que o novo se fez… Após 2 anos de gestação… Fomos chamados ao Fórum em maio de 2012; perguntaram se gostaríamos de conhecer a Yasmin Vitória, de 03 anos de idade, a nossa filha que já estava preparada por Deus. Respondemos que “Sim”. E Deus fez em nós Maravilhas… Recebemos a paz da vontade de Deus, que nasceu da paz da espera, da paz da fidelidade à vontade de Deus, nosso paraíso.
A primeira visita à nossa filha foi dia 28 de maio de 2012: conhecemos a pequena Yasmin, Vitória de Deus para nós. E começou o parto… Que trazia a ansiedade se realmente ela iria se adaptar bem conosco, mais uma espera para ela se acostumar com a nossa presença e começarmos efetivamente a participar da sua vida. Nesse tempo, recebemos uma ligação do André, nosso fundador, e ele foi muito atencioso conosco, e disse algumas palavras que foram essenciais para nós naquele momento: “a adoção tem que ser sempre em função da criança; o sonho de ser pais não é o mais importante nesse momento, mas o amor e a acolhida da criança, filha de Deus”.
O nosso parto demorou 1 mês e cinco dias: no dia 04 de julho de 2012, levamos nossa filha para nossa casa. Louvado seja Deus por seus desígnios para nós!!! Ele nos deu uma filha!!!
Gostaríamos de dizer que com a Yasmin veio a graça de Deus para vivermos a paternidade e a maternidade. E, como disse nossa irmã de comunidade, Renata Oliveira, “quando nasce um filho, nasce um pai e uma mãe”. Sentimos isso acontecer conosco, graças a Deus.

Isso pode acontecer com você também… Se você tiver o dom da paternidade ou maternidade adotiva. A maior motivação que existe para nós é nada mais que o próprio São José, esposo da Virgem Maria, pai adotivo de Jesus e também o fato de sermos, nós mesmos, filhos adotivos de Deus. Portanto aqueles que têm esse desejo ou pensam a respeito, rezem e peçam para que Deus conduza a sua vida e, se for de Sua vontade, que possam fazer essa grande caridade… Que não será esquecida por Deus.
Adotar: resgatar uma vida humana, dando a ela a dignidade de filho de Deus!!! Assim como nós o somos!!! A Paz de Cristo e a Paz de Sua Vontade a Todos!

Aline e Marcos FerrazMissão de Pedreira – Diocese de Amparo – SP

Fonte: http://pantokrator.org.br/po/artigos-pantokrator/testemunho-familia-segundo-projeto-deus/

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